A CURIOSIDADE, OS DESEJOS E AS DÚVIDAS

A CURIOSIDADE, OS DESEJOS E AS DÚVIDAS

17/06/2024 Amor e Luz 0

(Enéas Canhadas – Psicólogo Clínico)

PARTE 1

Porque Somos Curiosos?

Porque somos naturalmente dotados dos impulsos que nos levam à frente em todos os sentidos, o que nos faz insatisfeitos e curiosos. Precisamos imitar mais os cães, que não perdem a oportunidade de experimentar a sensação do ar fresco e do vento por puro prazer, os cães jamais perdem a chance de sair para um simples passeio por pura curiosidade.

Precisamos resgatar o hábito de cantar no banheiro, sem nos preocuparmos com a qualidade da voz ou com a afinação; precisamos dançar e cantar quando estivermos felizes.

A curiosidade faz sair de dentro de nós a pessoa impulsiva que cada um é, como se fosse um saca-rolha. Pode nos fazer tomar posse do que desejamos, ou agir sem esperar a hora certa como se costuma dizer. “Ai que vontade que dá” diz bem o que nos acontece.

O Que é um Impulso?

É uma carga de energia, que para satisfazer para nossos desejos ou necessidades, nos move repentinamente.

Isso é Vontade?

Não, a vontade é mais abrangente, é uma força que dirige todo nosso ser e não deve ser confundida com desejo. Normalmente manifestamos muitos desejos todos os dias, daí surgem as dúvidas, então teremos que fazer escolhas, é quando entre a vontade em cena. Descartes dizia: “Da vontade dependem as ações da alma”; Murphy, filósofo, explica que a “vontade é um complexo processo íntimo que influencia o nosso comportamento de modo a tornar-nos menos facilmente presa da força bruta”. Conversamos com nós mesmos, bolamos modos diferentes de manifestar a nossa situação, e imaginamos as consequências das respostas – Se devo ou não, se estou certo ou errado, etc… Os nossos desejos exigem a ação da vontade em nosso favor, assim, para satisfazer os desejos, devemos usar a tal força da vontade, que julga os conteúdos e conhecimentos do psiquismo e da mente.

Como Sabemos se Estamos Certos ou Errados?

Na medida em que nosso espírito é consultado, porque quem pensa e, de fato, tem pontos de vista, experiências, conhecimentos anteriores, medos, etc…, que habitam o espírito no corpo e que dão vida à mente. O espírito faz com que nossas ações sejam pensadas, ponderadas e avaliadas, assim é o caráter do espírito que lida com o certo e o errado, conforme o progresso moral que já possui. O que está em jogo nesse momento é o juízo sobre o que nos convém, o que é lícito, bom e saudável.

Não precisamos perguntar a ninguém, nem usar o exemplo dos outros se não quisermos. Fazemos isso porque, ou não estamos certos do que queremos e precisamos de aprovação, ou porque não temos conhecimento suficiente, ou porque temos medo de sentir culpa e arrependimento.

Culpa e arrependimentos estão associados, geralmente aos conceitos de castigos ou recompensas de acordo com a ideia de Deus incutida em nossa mente, produzida pela educação religiosa que recebemos.

CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA.

Referência: Revista Literária Espírita

Denise Costa