JESUS E O OUTRO

Jesus foi interpelado diante da população que o ouvia por um Fariseu, daqueles que queriam humilhar o Mestre. O Fariseu perguntou, fingindo-se de desentendido das lições de Jesus:

– Mestre, quem é o meu próximo?

Sabendo das intenções ocultas do coração dele, Jesus calmamente narrou a seguinte história para todos os presentes:

– Um homem viajava de Jerusalém para Jericó e foi assaltado. Os bandidos roubaram tudo dele e o espancaram, deixando-o meio morto largado na estrada.

Essa era uma cena típica da realidade da época, por isso ninguém se espantou.

Jesus continuou:

– Pelo mesmo caminho, descia um sacerdote que, vendo-o caído, passou longe. De igual modo, um levita chegou ao lugar, viu-o e também passou longe.

Até aí a cena narrada continuava igual aos costumes da época. Mas a reviravolta na história veio na sequência.

Jesus continuou:

– Mas um samaritano, povo que os judeus odeiam, viajava pela mesma estrada e, vendo-o caído, encheu-se de compaixão por ele. O samaritano aproximou-se e fez curativos nas feridas, utilizando-se de azeite e vinho. Depois, colocou-o sobre o seu cavalo e o levou para uma estalagem e cuidou dele por toda a noite.

Agora sim, todos os presentes estavam impressionados e mais interessados na história de Jesus, porque as atitudes caridosas contrastavam com as atitudes da época.

O Mestre continuou:

– No dia seguinte, o samaritano pegou duas moedas, deu-as ao hospedeiro e disse-lhe: cuida desse homem e tudo o que você gastar a mais eu te reembolsarei quando voltar.

Todos os presentes estavam atônitos, em silêncio.

Jesus finalizou a história, perguntando ao Fariseu:

– Qual destes três homens te parece ter sido o próximo daquele que foi espancado pelos bandidos?

O Fariseu respondeu, envergonhado:

– Aquele que usou de misericórdia para com ele.

O Mestre, então, ordenou:

– Vai e faça o mesmo.

Nessa parábola, Jesus demonstra que o nosso próximo é o outro que está do nosso lado.

É aquela pessoa que está precisando de nossa ajuda, seja ela material, moral ou espiritual.

Infelizmente, fingimos não as ver.

Mas o Mestre sempre vê o outro, aquele que precisa de qualquer tipo de ajuda.

Jovem! Que no próximo ano possamos olhar mais pelo outro que está do nosso lado, praticando a verdadeira caridade, aquela ensinada por Jesus: levantar o caído, esteja ele caído por motivos materiais ou morais. Um feliz Ano Novo para você e sua família.

Vinicius Del Ry Menezes