JESUS E A LEI DE REPRODUÇÃO

“Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo” disse Jesus a Nicodemos, que se espantou com o ensinamento sobre a reencarnação.
Jesus, em vários momentos de seu apostolado, deixa claro que nós reencarnamos para evoluir.
Se precisamos nascer de novo para atingirmos a perfeição moral a que estamos destinados para nos reintegrarmos a Deus, é claro que a reprodução é uma lei moral natural criada pelo Pai.
Portanto, não há nada de ilícito, sujo ou reprovável quando falamos sobre essa temática.
Mesmo porque, como seria possível reencarnarmos sem a reprodução dos corpos físicos?
O que há de ilícito, sujo ou reprovável é como a humanidade pratica a lei da reprodução.
Infelizmente, muitos se perdem na promiscuidade, na poligamia, na prática sexual desenfreada e frustrante, que mais vicia os sentidos do que completa a alma.
A promiscuidade, além de viciar e abrir campo para obsessões espirituais, pode levar a doenças sexualmente transmissíveis de difícil tratamento.
Fora isso, pode também destruir casamentos, traindo a confiança do cônjuge, levando a decepções, frustrações, até mesmo a ódios que seriam dispensáveis não fosse a traição consumada.
O casamento, a fidelidade, a santificação dos laços do matrimônio foi um avanço da sociedade como um todo, não à toa em quase a totalidade das sociedades atuais a prática da poligamia não é mais aceita.
Até mesmo alguns animais são fiéis a seus parceiros a vida toda.
Do outro lado, muitos religiosos praticam o celibato por escolha própria.
Infelizmente, muitos o fazem mais por conflitos internos do que por abnegação. Em geral, são pessoas sexualmente castradas, que veem a prática sexual por uma ótica deturpada, mas que, no fundo de suas almas, desejam essa mesma prática que acusam os outros de consumá-la. Resumindo, são pessoas reprimidas.
Claro que há aqueles celibatários que o são em prol da humanidade, como aquelas pessoas que abraçam projetos sociais caridosos e que não encontram tempo para construírem uma família para si próprios. O celibato, para essas pessoas, não provém de uma repressão, mas de uma opção por canalizar suas energias criativas em outras áreas, que não a sexual.
O celibato por repressão gera frustração e neuroses. O celibato em prol de trabalhos beneméritos gera alegria e completude.
A lei de reprodução, portanto, é uma lei natural de Deus, que não obriga a ninguém a ser celibatário, mas que também não incentiva a ninguém a se promiscuir.
Entre o celibato e a promiscuidade, Deus nos deu a inteligência e o livre-arbítrio, o bom-senso e o amor.
Jovem! É natural nessa fase da vida ter enormes dúvidas quanto a prática sexual. Será que está na hora? Eu posso isso? Eu posso aquilo? Toda prática sexual deve começar, antes de tudo, no amor pela outra pessoa. Quando há amor e respeito pelo outro, e por si próprio, não há nada de errado. Pergunte-se sempre: eu amo e respeito essa pessoa?
Vinicius Del Ry Menezes
*para um maior aprofundamento dessa lei, sugere-se a leitura do capítulo Lei de Reprodução da obra O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.