JESUS E A LEI DE SOCIEDADE

JESUS E A LEI DE SOCIEDADE

06/02/2025 Juventude 0

Jesus produziu o seu primeiro “milagre” (hoje sabemos que isso é apenas um fenômeno mediúnico) durante uma festa de casamento em Canaã; festa para a qual ele tinha sido convidado e para a qual foi junto a sua mãe Maria e aos seus discípulos.

Nessa festa de casamento, Jesus transformou a água em vinho para ajudar aos noivos, mas também para atender ao apelo de Mãe Maria, que tinha muito apreço pelo casal.

Essa passagem do Evangelho mostra claramente como Jesus compreendia e atuava diante da Lei de Sociedade, mais uma das leis morais naturais criadas por Deus.

Deus nos criou para vivermos em sociedade, em comunhão uns com os outros, com o objetivo de, no futuro, nos tornarmos uma grande família universal.

Mas, para que possamos atingir a destinação que nos compete, precisamos exercitar, primeiro, a vivência em nossa família material.

A família, diz-se, é a base de toda e qualquer sociedade, porque sem ela não existiria sociedade e voltaríamos aos tempos primitivos das cavernas.

Para além de um grupo organizado, é na família que aprendemos e exercitamos o amor.

É na família que aprendemos a tolerar, a perdoar, a persistir, a amparar, a acolher, a pacificar.

É na família que refazemos os laços rompidos em encarnações passadas.

Herdeiros de um passado ruim, temos a chance, em nossas famílias, de resgatarmos e recompormos os relacionamentos que desfizemos por imaturidade.

Por isso, temos aquele marido ranzinza. Temos aquela esposa insensata. Temos aquele filho preguiçoso. Aquela filha rebelde.

Causamos esses comportamentos neles; é justo que agora sejamos os responsáveis por reeducá-los.

A família, portanto, é uma benção, pois é uma dupla oportunidade: de refazermos os laços com aquelas pessoas e, a partir desses laços, treinarmos as virtudes para que possamos agir desse modo com as demais pessoas que cruzam o nosso caminho.

Enfim, são nas dificuldades de relacionamentos dentro de nossas famílias que nos exercitamos para que um dia possamos formar uma só família universal, aquela em que todos nos reconheceremos como irmãos, filhos de Deus.

Por isso, algumas atitudes tão em voga hoje são um contrassenso.

Há pessoas que desejam viver em isolamento. Umas, por questões religiosas. Outras, por não conseguirem se relacionar com outras pessoas. Mas não é possível para pessoa nenhuma não precisar da ajuda de alguém, por menor que seja essa ajuda.

Há pessoas que desejam viver em poligamia, casamento aberto e coisas do gênero. Se não somos capazes de ser fiéis ao cônjuge que dizemos amar, como sermos fiéis aos desígnios de Deus?

No fundo, tanto quem deseja se isolar, quanto quem deseja múltiplos parceiros, demonstra estar preocupado apenas consigo próprio, com a satisfação de suas necessidades em detrimento das necessidades do outro. São egoístas, em resumo.

Viver em sociedade, tendo a família por base, é o grande treino de altruísmo e de humildade para que possamos evoluir.

Por isso, Jesus prestigia em seu primeiro “milagre” a festa de um casamento. E o faz, atendendo ao pedido de sua mãe. Duplo respeito à família.

Jovem! A família na qual você reencarnou é a melhor família que você poderia ter. Nela, estão as pessoas com as quais você tem mais chances de crescer. Por vezes, as lições são amargas, os relacionamentos ruins (às vezes abusivos). Observe sua família e você perceberá a quantidade enorme de lições para o seu crescimento e fortalecimento espiritual.

Vinicius Del Ry Menezes

*para um maior aprofundamento dessa lei, sugere-se a leitura do capítulo Lei de Sociedade da obra O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.