JESUS E A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

JESUS E A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

03/10/2024 Juventude 0

Jesus se retirou junto aos discípulos para um lugar mais deserto. A multidão, porém, que somava cinco mil pessoas, ao perceber para onde o Mestre ia, correu à frente, chegando no local antes mesmo de Jesus.

O Mestre, então, compadecido pela multidão, que ele comparou a ovelhas sem pastor, começou-lhes a ensinar muitas coisas sobre as verdades espirituais.

Ao entardecer, como estavam longe das aldeias, os discípulos pediram a Jesus para que se despedisse daquela gente, para que eles pudessem ir às cidades descansarem e comerem.

Jesus pediu para que os discípulos alimentassem a população faminta.

Mas os discípulos se assustaram, porque não tinham dinheiro para tanto.

Jesus perguntou:

– Quantos pães vocês têm?

Havia cinco pães e dois peixes.

Jesus, então, pediu para que os discípulos dividissem a população em grupos de cinquenta a cem pessoas.

O Mestre pegou os cinco e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou.

E a partir desse momento, repartiu os pães e os peixes de modo a alimentar todos e ainda sobrou doze cestos cheios.

A Doutrina Espírita explica como foi possível Jesus multiplicar os pães e os peixes por meio dos fenômenos mediúnicos.

Mas o interessante nessa passagem do Evangelho é o que o Mestre faz antes de produzir o fenômeno.

Ele pega os pães e os peixes, ergue os olhos ao céu, como se conversasse com Deus, e abençoa o que tem em mãos.

Antes de produzir o fenômeno que alimentou cinco mil pessoas, Jesus abençoou os cinco míseros pães que tinha em mãos.

Esse trecho do Evangelho mostra a importância de nos sentirmos abençoados, agraciados, gratos por tudo o que temos.

A gratidão é um sentimento poderoso por um duplo aspecto.

Primeiro, porque ele só se dá quando estamos satisfeitos com o que temos, sem desejarmos o supérfluo.

Segundo, justamente por causa dessa satisfação, é que temos força para conseguirmos mais do que necessitamos, não de forma mesquinha, mas para que a caridade possa fluir pelas nossas mãos.

Quem é grato pelo que tem, por pouco que seja, possui mais do que um bilionário insatisfeito.

Quem é grato pelo que tem, por pouco que seja, consegue multiplicar os bens em benefício do próximo, ao contrário de muitos bilionários mesquinhos que dividem e subtraem os bens de forma egoísta.

A gratidão, portanto, é um sentimento profundo de satisfação, de realização, de fartura, de benção.

Jovem! Seja grato por tudo o que tem, por quem você é, pelas oportunidades que aparecem, pelas dificuldades que enfrenta. Quem ergue os olhos aos céus e agradece a Deus o que tem em mãos, seja muito ou seja pouco, torna-se digno de ter mais, para mais ter com que ajudar o próximo.

Vinicius Del Ry Menezes