JESUS E OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos, disse Jesus ao finalizar a parábola intitulada Os Trabalhadores da Última Hora.
Nessa parábola, Jesus compara a evolução moral da humanidade com a vinha de um Senhor que, precisando de trabalhadores para a colheita, saiu pela cidade contratando funcionários dispostos ao trabalho.
Para esses trabalhadores, o Senhor prometeu uma moeda. Mas ao longo do dia, o Senhor precisou de novos funcionários para dar conta da vinha e, saindo, arregimentou novos trabalhadores.
Ao final do dia, faltando ainda uma hora para terminar o expediente, o Senhor saiu de novo e contratou os últimos trabalhadores, que não haviam encontrado trabalho ao longo do dia, e os contratou.
Finalizada a colheita, o Senhor reuniu todos os trabalhadores para efetuar o pagamento.
Os primeiros trabalhadores contratados, vendo que os últimos receberam uma moeda, julgaram que receberiam mais, afinal tinham trabalhado desde a primeira hora, mas receberam apenas uma única moeda, conforme acordado.
Eles, então, queixaram-se ao Senhor:
– Estes últimos trabalharam apenas uma hora e recebem tanto quanto nós, que suportamos o peso do dia e do calor!
O Senhor respondeu:
– Meu amigo, não te causo dano nenhum. Não combinei com você uma moeda pelo teu dia? Toma o que é teu e vai. Eu quero dar a este último, tanto quanto a você. Não me é permitido fazer o que quero? Você tem mau olho, porque eu sou bom?
Se o Senhor é Deus, e os trabalhadores somos nós, essa parábola deixa claro que todos aqueles trabalhadores sinceros, que tem bons olhos e se dedicam, receberão o mesmo salário, independentemente da hora que começaram a trabalhar.
Muitos trabalhadores começaram desde o primeiro chamado, há milênios, e são aqueles primeiros profetas, os primeiros iniciadores das verdades espirituais e divinas, Moisés e seus seguidores.
Depois vieram novos trabalhadores liderados por Cristo, novos apóstolos e discípulos da verdade.
E por fim, hoje, na última hora antes de se terminar a colheita e a separação do joio e do trigo, nós, os últimos convidados ao trabalho, assumimos os nossos postos e, se formos sinceros e leais, receberemos o mesmo salário que os primeiros trabalhadores.
Não à toa, o convite ao trabalho no Bem está sendo feito a todos. O Senhor da vinha, Deus, não cessa de nos convidar de múltiplas formas.
Aqui, é o convite à prática da caridade naquela ONG, naquele centro religioso, naquele bairro. Ali, é o convite à compreensão dentro de casa, no trabalho, com os amigos. Lá, é o convite à simplicidade, ligando-se mais à espiritualidade do que aos bens materiais.
Jovem! Não desperdice o convite que te chega para trabalhar no Bem, porque a vinha é grande, mas os trabalhadores são poucos. Se você olhar para o seu lado, você verá a quantidade enorme de trabalho a ser realizado no Bem. Seja o exemplo de trabalhador que, mesmo na última hora, executa corretamente o seu dever. O Senhor é tão bom, que mesmo chegando agora, receberemos o mesmo salário daqueles do início.
Vinicius Del Ry Menezes