LIVRE ARBÍTRIO

TEM O HOMEM O LIVRE ARBÍTRIO DE SEUS ATOS? LIBERDADE.
A liberdade é condição essencial do homem sobre a Terra. É um dom pré-natural, ou seja, foi forjado juntamente com espírito pelas mãos divinas. Segundo o Livro dos Espíritos, somos livres quando dotados de livre arbítrio, mas a vida em sociedade nos impõe as limitações necessárias ao abuso, à ganância e ao totalitarismo.
Para Léon Denis, “a liberdade é a condição necessária da alma humana”, que, sem ela, não poderia construir seu destino.
À primeira vista a liberdade do homem parece muito limitada no círculo da fatalidade que o encerra: nas necessidades físicas, condições sociais, interesses ou instintos, mas considerando a questão mais de perto, vê-se que esta liberdade é sempre suficiente para permitir que a alma quebre este círculo e escape às forças opressoras.
A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com a sua elevação; é a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade.
A primeira forma de Legislação veio à Terra por meio da mediunidade de Moisés, no momento em que o povo hebreu, após quatro séculos de servidão no Egito, ansiou e arriscou-se na jornada em busca da liberdade, sendo esta um marco na história. Foi a sua busca que proporcionou a recepção da primeira revelação de Deus ao mundo. Moisés legislava, e o povo lhe obedecia, seguindo um sonho contido em profecias, seu povo trocou a estabilidade mesquinha da terra da servidão pela instabilidade da terra prometida. Trocaram a mediocridade pela oportunidade, saindo do Egito com uma promessa divina de uma terra dadivosa.
Durante essa prolongada e tormentosa travessia, tiveram que seguir um Moisés enérgico que lhes fez recordar de um período em que eram escravos e que não tinham dignidade, em que não eram homens, lhes fez ver que a liberdade não tem preço. Todos os povos submetidos à prisão sempre se rebelaram contra o imperialismo.
Do sonho da liberdade dos judeus nasceu a revelação, onde o anseio da liberdade veio temperar o espírito do ser humano para compreender a Lei de Deus, ela contém o código sintético da ética na Terra. Ela faz reverência a Deus e a seu nome. E faz reverência aos nossos progenitores, honrando seu nome e sua memória durante toda a vida.
Como estamos em sociedade há que se respeitar a vida em comum e a nossa natureza de filhos de Deus. O Decálogo é a síntese perfeita da ética na Terra, segui-lo é o primeiro passo para se alcançar a liberdade plena. Por isso não há como fugir da necessidade de educação, que segundo Allan Kardec nos faz ser educados, cumprindo um dos seus mandamentos, que diz “Instruí-vos”, já, que instruir é a conquista cada vez maior da liberdade.
A codificação espírita tem o grande mérito de estar embasada na razão, pois através da observação dos postulados cristãos é que internalizaremos nossas consciências. Há dois milênios aprendemos com o coração, agora o cérebro precisa aprender a prensar com a lógica cristã, é preciso que tenhamos Fé Raciocinada, que não nos permitam construirmos sem alicerces nossa vida.
Para libertar de todos os grilhões que fustigam nossas almas, Jesus, o maior dos filósofos, ensinou que a essência da liberdade vem com o conhecimento da verdade quando dizia “Conheça a Verdade e Ela vós Libertará” (João 8:32). Essa é a verdadeira liberdade, essa é a nossa busca.
Devemos aprender que a maior prisão e única que as pessoas vivem é o medo do que as outras pessoas pensam (David Icke).
Jornal Espírita